7 opções de proteína vegetal

por | 25/01/19

Nossos corpos são  máquinas extremamente eficientes que realizam milhares de funções a cada dia sem o nosso conhecimento. Em termos de nutrição, sob a ótica dos alimentos, o corpo trabalha para quebrar a comida em seus componentes utilizáveis, extraindo suas vitaminas e minerais, fazendo a conversão dos açúcares em energia e criando estoques energéticos, utilizando a proteína para reparar e reconstruir o tecidos do nosso músculos, pele e órgãos.

Proteínas são essenciais a nossa existência, são os tijolos construtores do nosso corpo e são encontradas em todas suas células vivas. Resumindo: não há vida sem proteína.

Infelizmente, a maioria de nós foi condicionada a pensar que a principal fonte de proteína na nossa dieta deve ser de origem animal, porém, isso não poderia estar mais longe da verdade. Há fontes de proteínas muito melhores para quem está buscando saúde e bem-estar no mundo vegetal, sendo as leguminosas as pérolas (mais ricas em teor de proteínas), castanhas e nozes, sementes, frutas e vegetais ótimas fontes. (confira a lista no final do post)

A carne tem sido associada como a principal fonte de proteína por tanto tempo devido a propaganda intensa da indústria frigorífica que considera os animais meros produtos alimentícios. Hoje, contamos com ampla disponibilidade de produtos de origem animal, mas você já se perguntou se realmente é a única opção ou a melhor para você e para o mundo?

Essa é uma boa pergunta para fazer a si mesmo quando consideramos que, juntamente com os cerca de 40 gramas de proteína que ingerimos ao comer um filé de 180 g, também estamos ingerindo boas 12 gramas de gordura saturada. Isso é mais de 60 por cento da dose recomendada diária de gordura em apenas uma refeição, que é super densa! Excesso de gorduras saturadas estão associadas a doenças crônicas como câncer, problemas do coração, diabetes, depressão entre outras. 

Além disso, pode ser que o intestino não esteja apto a absorver toda a proteína que o bife está oferecendo. O Instituto Max Planck, na Alemanha mostrou que quando a proteína animal é cozida, e vai do rosa ao marrom, os aminoácidos ficam danificados e desnaturados, e a absorção diminui a apenas cerca de 50% da quantidade total de proteína, tendo que expelir o resto como toxinas.

Optar por embutidos como presunto e peito de peru, também não é uma boa escolha levando em consideração os 2.000 mg de sódio ingerido em apenas uma porção – mais do que valor máximo recomendado diário – e o seu potencial cancerígeno, declarado pela OMS.

Este pode ser o momento perfeito para parar um momento e perguntar a si mesmo: “Como as minhas escolhas alimentares afetam meu corpo?”

A proteína animal não fornece fibra dietética para ajudar a manter osiste ma digestivo saudável, limpo e funcionando a todo seu potencial, ou qualquer um dos ômega 3, antioxidantes, ou os outros milhares de micro-nutrientes que podem ser obtidos a partir de uma dieta a base de plantas.

Ao invés disso, a proteína animal causa uma sobrecarga para o sistema digestivo (especialmente sobre os órgãos de desintoxicação – intestinos,  rins e fígado), forçando os seus níveis de pH a cair para uma faixa mais ácida, o que cria um ambiente favorável a inflamação..

A carne vermelha é uma das coisas mais difíceis de serem digeridas para nosso corpo, o que faz com que o estômago produza ácido clorídrico em maiores quantidades. O que acontece depois disso é que a carne não digerida, então, permanece no intestino e começa a fermentar e apodrecer. Desagradável!

O aumento do ácido pode causar todos os tipos de coisas desagradáveis, incluindo azia crônica, refluxo ácido, e um risco elevado de canceres digestivos, diabetes e doenças do coração.

O aumento da acidez no corpo também terá efeitos indesejáveis ​​a longo prazo sobre as articulações, e, claro, também será percebido na pele quando começar a ver mais linhas e rugas aparecendo antes do tempo.

Estranhamente, milhões de pessoas que sofrem com esses sintomas reveladores simplesmente vão à farmácia, ano após ano, e compram algo para neutralizar o ácido, ao invés de prestar atenção e mudar seus hábitos alimentares.

Mas, e se eu me exercitar regularmente, eu não preciso de uma dieta com teor de proteína mais elevado?

Proteína continua sendo um dos mais incompreendidos macro-nutrientes na indústria de fitness. Mesmo atletas e indivíduos intensamente ativos provavelmente só precisam de cerca de 10 a 12 por cento de suas calorias oriundas de proteína para apoiar muscular.

O excesso de proteína – mesmo para atletas profissionais – é realmente muito mais comum do que imaginamos.

Por exemplo, a RDA (recomendação diária) sugere ingerir em média 1 grama de proteína por kilograma de peso corporal. O excesso de proteína pode ser um problema sério. A maioria das pessoas não acha que vai chegar a um consumo excessivo mas isso está extremamente errado!

Infelizmente, quando muitos atletas e entusiastas do fitness procuram “proteína de alta qualidade”, eles automaticamente assumem isso significa proteína de origem animal.

De fato, a proteína a partir de fontes animais não é necessariamente o melhor para o corpo humano a consumir, especialmente todos os dias, e além disso, várias vezes por dia, como já vimos.

A noção de que treinar muito significa que você precisa obter mais de 30% ou de suas calorias de proteína animal é a receita perfeita para o excesso de amônia no corpo, desidratação e acidez.

Além disso, o corpo só pode fazer uso de uma certa quantidade de proteína, por isso, quando há em excesso, isso simplesmente será armazenado como gordura e / ou, materiais putrefatos tóxicos, para então começar a ganhar peso.

 

MELHORES FONTES DE PROTEÍNAS VEGETAIS:

1- Leguminosas (lentilha, feijão, grão de bico, ervilha, amendoim)

2- Sementes como a chia, linhaça, de abóbora, de girassol

3- Grão germinados

4- Spirulina (cianobactéria riquíssima em proteínas)

5- Oleaginosas (castanhas, nozes)

6- Cogumelos

7- Proteínas vegetais em pó (suplementar pode ser uma alternativa prática para algumas pessoas)

8- Verduras de cor verde escuras como brócolis, ora-pro-nobis, taioba, espinafre, couve

 

Bouvard V., et al. Carcinogenicity of consumption of red and processed meat. The lancet Oncology. Volume 16, No. 16, p1599–1600, December 2015

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