Você já deve ter ouvido falar da água morna com limão e os benefícios de consumi-la logo pela manhã. Mas há muito desinformação sobre o assunto, o que às vezes nos deixa inseguras sobre o seu uso. Compartilho aqui com você tim tim por tim tim o porquê vale a pena investirmos neste hábito. E a receitinha simples e poderosa que você já pode adotar hoje mesmo. Vamos lá?

A água morna com limão é indicada para melhorar a digestão e prevenir sintomas desconfortáveis, alcalinizar e eliminar toxinas do organismo, proporcionando leveza e vitalidade. Usado amplamente na medicina tradicional Indiana, a Ayurveda, esse elixir ajuda a potencializar o fogo digestivo (Agni) após o longo período de descanso a que nosso sistema digestivo é submetido enquanto dormimos. É devido a esse longo período de jejum que, ao acordar, o corpo ainda não está totalmente preparado para tomar um café da manhã que exige muito da digestão, com alimentos mais complexos tais como pães, ovos, lácteos e embutidos, dessa forma, é comum o aparecimento de sintomas de indigestão tais como gases, distensão abdominal, azia e refluxo. Essa é uma prática simples e extremante efetiva que tem um grande impacto na saúde. Desde que comecei a tomar água morna com limão todos os dias percebi muitos benefícios para a minha digestão e saúde. Tenho recomendado há anos para os meus pacientes e sempre ouço bons resultados. Comece substituindo o café preto pela água morna por pelo menos 15 dias e observe os efeitos em seu organismo. Cada pessoa reage diferente, por isso preste atenção às mudanças que irão ocorrer no seu organismo e se perceber qualquer desconforto, pare o uso.

Benefícios:

• Alto teor de vitamina C (1): principal componente do limão, essa vitamina hidrossolúvel com poderosa ação antioxidante viaja pelo nosso corpo neutralizando os radicais livres dentro da célula e combatendo as doenças e o envelhecimento (2). Também contém potássio e vitaminas do complexo B.
• Alcalinidade (3): apesar de conter ácido cítrico e ser usado na culinária para dar uma base ácida as receitas, depois que entra em nosso organismo o ácido cítrico é convertido em citrato, o que o torna básico, alcalinizando o ph e combatendo a inflamação.
• Adstringente (4,5): o limão contém enzimas que estimulam o fígado, o maior órgão de desintoxicação, eliminando toxinas que atrapalham a absorção de nutrientes e ocasionam inflamação.
• Desintoxicação: além de promover hidratação à mucosa intestinal favorecendo os movimentos peristálticos e melhorando a digestão segundo a Ayurveda, o calor proveniente da água morna ajuda a “derreter” as toxinas no nosso organismo favorecendo o processo de eliminação.
• Limpeza do sistema digestivo: a água morna ajuda a quebrar os alimentos mais rápido que a água gelada, o que facilita a digestão e economiza energia para ser direcionada a sua saúde e beleza.
• Equilibra o sistema nervoso: para a Ayurveda, um excesso de toxicidade pode sobrecarregar a saúde mental, provocando desequilíbrio no sistema nervoso. Este por sua vez afeta o funcionamento do sistema imune e endócrino, uma vez que estão intimamente interligados. Beber água morna com limão previne e alivia o excesso de toxinas, e ainda promove uma mente calma e equilibrada.
• Aumenta a saciedade: devido aos flavonoides, fitonutrientes que agem como perfeitos tônicos digestivos, proporcionando a supressão do apetite.

O que esperar ao incluir esse elixir em sua rotina diária:

1. Mais energia e vitalidade
2. Mais saciedadeMelhora na digestão (constipação e diarreia)
3. Melhora de sintomas como gastrite, refluxo, gases
4. Melhora na pele, unhas e cabelos
5. Perda de peso

Receita:

Simplesmente adicione o suco de meio limão a uma xícara/caneca de água morna (aproximadamente 40 graus celcius) e beba em jejum. Não se preocupe com a outra metade do limão. Você pode guardá-la e repetir a dose durante o dia, antes ou depois das refeições ou quando preferir.

Referências:

1. http://www.docsdrive.com/pdfs/medwelljournals/ijmmas/2006/1 -6.pdf

2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20862741

3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3195546/

4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11990004

5. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0102695X140 00350